O ser humano busca constantemente entender a si mesmo e ao mundo em que vive, sendo que uma das formas é explicar racionalmente os porquês de determinadas experiências.

Um empresário pode se perguntar por que o concorrente tem crescido mais que ele, um rapaz pode se questionar por que seus namoros não ultrapassam seis meses ou ainda um funcionário pode querer saber por que o promovido em seu setor foi o colega e não ele.

Na década de 60 um autor chamado Julian Rotter propôs a Teoria Atribucional, que tem sido bastante difundida e ampliada de acordo com diferentes linhas de raciocínio. Segundo ele, um dos componentes da aprendizagem social é o quanto o indivíduo percebe que sua parcela de responsabilidade em eventos que lhe acontecem. Há graduações diferenciadas para a assunção desta responsabilidade, mas em termos gerais pode-se dizer que pessoas que conseguem perceber sua responsabilidade em um evento agem de acordo com Lócus de Controle INTERNO, enquanto em quem atribui a fatores ambientais o que lhe acontece predomina o Lócus de Controle EXTERNO.

O controle interno refere-se à disposição de atribuir a si mesmo algum controle sobre o resultado. São pessoas que se perguntam “o que fiz ou deixei de fazer para que isso acontecesse?” e “ o que posso fazer para que da próxima vez o resultado seja diferente?”.
São características destas pessoas:
• iniciativa e pró-atividade
• busca de resultados
• responsabilidade
• foco na solução
• comprometimento

Já o controle externo é comumente caracterizado pela externalização da responsabilidade, ou seja, é sempre o outro ( empresa, chefe, a situação, o companheiro, etc).
São características destas pessoas:
• comodismo e reatividade
• defensividade (de quem é a culpa?)
• supervalorizam fatores ambientais (sorte, punição, momento, o outro)
• foco no problema
• dependência

Buscar a postura de se responsabilizar pelo que acontece a você é um modelo mental muito poderoso em termos de aprendizagem e pró-atividade: se você é parte do problema, também pode ser parte da solução. Pode agir de maneira diferente almejando resultados diferentes. Se, por outro lado, a responsabilidade é sempre “de fora”, nada pode ser feito, pois não adianta…

Imaginando os exemplos acima (empresário, rapaz e funcionário), faça o exercício: pergunte a si mesmo, se estivesse no lugar de cada um deles, qual sua parte na situação e experimente a sensação de “empoderamento” pessoal que se segue.

Jeffersonn Moraes